VOCÊ É A SUA IMAGEM!!

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Quanto mais sei, mas sei que nada sei!!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sonhos- A Linguagem da Alma!!


Os Sonhos - A Linguagem da Alma por Osmar Francisco dos Santos - osmar.santos@pop.com.br
Todos sonhamos em média quatro vezes por noite; nem sempre lembramos de nossos sonhos, mas eles representam a nossa mais importante "janela" para o inconsciente e é lá que estão nossas frustrações e traumas que impedem o livre acesso ao grande potencial de nossa mente. Ainda hoje, mesmo após cento e dez anos do lançamento do livro de Freud sobre a interpretação dos sonhos, para a maioria, eles ainda representam um grande enigma, mas poderiam ser uma ferramenta decisiva para entender nosso inconsciente, sendo que importância de entendê-lo e interagir com essa parte de nossa mente, será determinante para um salto quântico em nossa evolução, haja vista que as instituições, da forma que estão organizadas, não respondem mais aos anseios sociais em nenhum dos quesitos básicos da qualidade de vida. Existem sonhos famosos que, segundo a história, mudaram o rumo de vidas e até de comunidades, como o sonho do Faraó, interpretado por José do Egito que versava sobre sete vacas magras que devoravam sete vacas gordas e sete espigas magras que devoravam sete espigas recheadas. Essa interpretação valeu a José a saída da prisão e o cargo de primeiro ministro. A história conta vários sonhos importantes como aqueles que guiaram as grandes descobertas. Todos nós com certeza temos estórias importantes sobre nossos sonhos, entretanto, poucos de nós sabemos trabalhar com eles. Para que isso seja possível, é necessário entendermos o mínimo de sua estrutura, funcionamento e propósito. Os sonhos ocorrem em estados alterados da consciência de vigília, especificamente, à baixa da amperagem elétrica em relação a que ocorre quando estamos despertos. Por esse motivo os estágios de sono são marcados por ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos conhecidos eletroencefalogramos. No estado de vigília estão conectados quatro princípios ou veículos que definem nossa personalidade e representatividade, que são: o físico, o vital (que corresponde à aura e pode ser identificado pelas fotos kirlian), o emocional ou astral (que corresponde ao veículo das manifestações mediúnicas, como psicografia e psicofonia) e o mental concreto que se refere à nossa parte cognitiva. As atividades do sono são hoje estudadas mapeando as atividades cerebrais noturnas durante o sono (polissonografia), com o objetivo de identificar períodos de mais de dez segundos onde a respiração é interrompida e a pessoa sofre da apnéia do sono, distúrbio que prejudica a qualidade de vida durante o dia, produzindo sonolência diurna e afetando a memória. Durante o período de sono, ficam na cama o corpo físico e o vital, que não se separam, o que acarretaria a morte. Os outros dois corpos, emocional e mental concreto, que formam a personalidade, ficam livres por causa do estado elétrico de baixa amperagem que o cérebro, durante o sono, funciona e sem as limitações das dimensões tempo e espaço produzem os sonhos que em grande parte são manifestações do mundo inconsciente. É importante saber que a memória do inconsciente que é utilizada na linguagem dos sonhos é uma memória muito antiga, caracterizada por símbolos, diferente de nossa memória de vigília que arquiva conceitos. Por esse motivo a linguagem onírica nos parece tão absurda. Por não compreendê-los, nossa reação mais racional é desprezá-los. Explicado, ainda que muito superficialmente, a questão elétrica da manifestação dos sonhos e do porquê de sua ocorrência durante o sono, embora os estados de relaxamento e hipnose também produzem experiências análogas aos mesmos, uma ligeira compreensão dos tipos de sonhos é o primeiro passo para interpretá-los e assim nos beneficiarmos de suas orientações. Os tipos mais comuns de sonhos são os que chamamos fisiológicos e sua função é simplesmente proteger o sono, visto ser este fundamental para liberação dos neurotransmissores pelas glândulas endócrinas, responsáveis pelo nosso equilíbrio homeostático (freqüência cardíaca, respiração, pressão arterial, centro da fome e da sede, ritmo sináptico, etc.) Este tipo de sonho satisfaz necessidades fisiológicas e evita que as preocupações nos acorde. Se apesar delas, conseguimos dormir, por exemplo: Se dormimos com sede e essa necessidade pode nos acordar, sonhamos que estamos bebendo água. Evidentemente, não satisfazemos a necessidade física da sede e assim que acordamos iremos tomar água. O mesmo ocorre em relação às questões que nos preocupa. O segundo tipo mais comum dos sonhos são os que chamamos sonhos compensatórios, que são aqueles que corrigem um autoconceito pobre que temos a nosso respeito, relativo a pessoas que convivemos ou a situações pontuais que acreditamos não ter tido um bom desempenho. Nesse caso, nossos sonhos poderão distorcer absurdamente pessoas a quem admiramos tanto que nossa idolatria nos faz sentir impotente. Nesse caso, o nosso inconsciente nos dá um sonho diminuindo aquela pessoa. O terceiro tipo de sonhos talvez seja os mais importantes a essa altura de nosso desenvolvimento, pois se referem às questões relacionadas ao nosso drama psíquico inconsciente. Eles se mostram muitas vezes repetitivos o que demonstra que não os entendemos e por isso não fizemos as devidas correções em nossas vidas. Esses sonhos são os mais utilizados nas terapias, pois trazem informações sôbre aspectos do aparelho psíquico, demonstrando através do símbolos oníricos em que situações emocionais o sonhador se encontra ao mesmo tempo que sugere atitudes corretivas. À medida que começamos a anotar ou a trabalhar com os sonhos na relação terapêutica, eles vão construindo uma sequência em seus enredos na organização da vida psíquica. Mesmo para quem não conhece toda a sua representação simbólica, há sempre muita vantagem em anotar os sonhos, pois o inconsciente reconhece esse contato com o inconsciente e os sonhos se tornam cada vez mais claros. Quem não consegue lembrar dos sonhos pode estimular a lembrança, colocando antes de dormir a determinação de querer lembrar. Ao lembrar dos sonhos, antes de levantar e despertar completamente é necessário anotá-los total ou parcialmente, ou mesmo memorizá-los, para que não se percam. Cada sonho só se refere ao próprio sonhador, na maioria das vezes, mas o inconsciente utiliza figuras conhecidas em nossa memória, para expressar parte de nós mesmos. Outro tipo importante de sonho são os chamados "grandes sonhos", que temos poucas vezes na vida, mas dos quais não esquecemos e, às vezes, temos dúvidas se estávamos dormindo ou não. Outra característica dos grandes sonhos é que sempre temos a certeza de que são importantes. Trazem mensagens profundas sobre nossas vidas, intuições e podem predizer acontecimentos que irão nos mudar para sempre. Estão relacionados à nossa função transcendente, provêm do âmago mais profundo de nossa psique. Dr. Osmar Francisco dos santos

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Depressão!! Você já teve?


A depressão é tão natural no ser humano quanto o amor. Isso porque a depressão, a revolta e o sofrimento estão relacionados ao amor às coisas, às pessoas, às situações ou a um ideal. Mas, no fundo, o que realmente estamos amando é a nós mesmos mais do que aos outros, isso porque quando amamos alguém ou algo sempre esperamos um retorno, mesmo inconscientemente. Só que nossa mente disfarça esse egoísmo de várias formas. Quando esse retorno não vem - e uma hora ele não virá - sofremos, e uma das formas de sofrimento é a depressão.
No budismo eziste um ensinamento que poderia resolver certas causas do sofrimento. Então, por que ele não é ensinado nas escolas? Porque o apego é a força motora da sociedade. Seja no trabalho, seja na família. Mas será que o cristianismo, tão difundido no ocidente (e ensinado nas escolas) não poderia resolver? Sim, e o verdadeiro cristianismo (que não é ensinado nas escolas) nos ensina, assim como o budismo, que estamos perdidos correndo atrás de ilusões, deixando o mundo fenomênico nos guiar quando deveria ser a nossa consciência o verdadeiro paradigma moral e social. Mas só o que aprendemos nas escolas é que Jesus morreu para nos salvar. Puxa, será por isso que o tema da Caverna de Platão também é pouco explorado nas escolas e faculdades? Pode apostar que sim.
Então, por que manter esse status que é o sofrer com a depressão, o "mal do século"? Porque o importante é ter sucesso, ganhar dinheiro e ser popular... e sempre existem as drogas para preencher o vazio. Isso mantém a economia em funcionamento, que é o único motivo pelo qual nós, formiguinhas, estamos aqui.
A depressão pode envolver questões genéticas (pais a avós com tendência), psicológicas (idade avançada, fatos traumáticos), sociológicas (pressão da família, da sociedade), hormonais e fisiológicas (menopausa, depressão pós-parto, falta de sono). Mas também pode envolver questões espirituais, como apego e culpa de coisas feitas no passado. É disso que vamos tratar agora.
Todos nós já conhecemos muita gente e já fizemos muitas besteiras (e também coisas boas, claro). Estamos aqui tanto para continuar aprendendo a viver com nossos semelhantes como pra saldar nossas dívidas para com quem ofendemos. Viemos para nos harmonizar com o mundo. Inclusive com os barbeiros no trânsito, coisa que eu acho que nunca conseguirei... Harmonizar-se não quer dizer se tornar um deles, mas conviver pacificamente com eles, apesar deles. Um yogue estará longe da iluminação se algum dia ele não perceber que precisa descer do Himalaia e conviver com a poluição, o trânsito, os aproveitadores, tudo fruto indireto da sua omissão ao isolar-se e não utilizar sabiamente os talentos que a vida lhe deu. Buda fez isso. Jesus, Gandhi, Madre Tereza, Chico Xavier, Sai Baba (Tá certo que não precisamos ser tão abnegados quanto eles, mas foi só pra ilustrar a idéia). O fato é que provavelmente compramos brigas com muita gente vingativa, ou deixamos pessoas em situações espirituais difíceis, ou vários corações partidos para trás, e nossa consciência (em algum nível) clama por resolver essas pendengas. E assim a consciência culpada pode vir a sabotar a nós mesmos, nesta vida, pra compensar algo do passado, seja num aleijão, ou numa situação social, econômica ou sentimental adversa, etc. E a depressão acompanha, como um indicativo da culpa.


Se um homem fala ou age com uma mente impura, o sofrimento acompanha-o, tal como a roda de um carro segue o animal que o puxa.
(Buda)

Pode-se ter a obsessão, onde a pessoa (inconscientemente) se permite ser tomada por culpa, podendo levar a quadros de loucura com internação. Se no passado você desgraçou a vida de uma pessoa, e se hoje você está genuinamente arrependido, geralmente você vai aproveitar uma vida em que você tenha condições materiais para construir e pavimentar uma vida decente para essa pessoa, redimindo assim (em sua consciência) seus erros para com ela, por mais que essa pessoa lhe odeie. Essa pessoa pode ser seu filho, aquele amigo que todo mundo sabe que não presta mas você o ajuda assim mesmo, ou como aquela garota pela qual você é fascinado, que lhe despreza e mesmo assim você não suporta que falem nada de ruim dela (e, se preciso for, você se atira na lama pra ela passar). É tudo uma questão de balanço... Se você foi muito pra um extremo, tende a ir para o outro na tentativa desesperada de compensar. Mas não há nada melhor que o equilíbrio.Mas como ter esse equilíbrio se ainda nos basiamos na mente sética para nos movermos? É preciso que se busque o sentimento,do mesmo amor que de forma egoista nos levou ao apego de situações ou pessoas, pode nos salvar se controlarmos nossas emoções com o disernimento do sentir.No início era o instinto a nos comandar, então a veio a mente poderosa e inteligente para o nosso progresso intelectual, Só que a grande maioria das pessoas ainda não se deu conta que essa mente precisa de um guia,como um funcionário muito competente mas que ainda deve receber as ordens de um superior que é o nosso sentimento.Esse é o grande desafio do século,essa é a hora.Como viver nesse mundo de verdades passadas a nós por nossos pais, mestres, amigos e todos os meios de comunicação avassaladores.Será que tudo que está nos sendo dito, tudo que lemos,ou vimos é a verdade? Ou estão nos enganando? Ou simplesmente nos passam aquilo que aprenderam como verdade sem contestar.Aí vem a confusão e a depressão.Afinal tantas opções e tão pouco tempo para dicernir o certo e errado.A verdade é que precisamos e podemos confiar está dentro de nós,e ela vem em forma de sentimento.Aprender a ouvir a nossa voz interior não vai nos livrar de todos os males, esses fazem parte de nosso aprendizado,mas esteja certo que teremos a capacidade e o equilíbrio para lidar com qualquer situação em nossa vida.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Transei sem camisinha com um soropositivo



A universitária Luana, paulistana de 21 anos, viveu um drama digno de cinema: cedeu à pressão de um garoto que queria transar sem camisinha e no mesmo dia descobriu que ele tinha Aids. "Sabe aquele garoto lindo, alto, forte, que todo mundo paga pau na faculdade? Era ele. Passei meses trocando olhares e investindo para ver se conseguia alguma coisa... Até que ele resolveu me dar bola", contou a estudante.

Luana achava que estava apaixonada. Eles começaram a sair e, em menos de um mês ele a convidou para ir a sua casa. Ela aceitou sem titubear, não via a hora de ficar a sós com ele: "Eu estava já esperando por aquele momento, sabia que ia rolar. No dia, me arrumei toda e estava superempolgada. Tinha certeza que ia ser uma das melhores noites da minha vida".

Quase todas as expectativas de Luana foram correspondidas. Quase. "Na hora H eu perguntei se ele tinha camisinha. Eu não tinha levado, não queria que parecesse que eu estava indo lá para isso. Achei que se eu levasse camisinha ia ficar na cara e eu ia pagar de oferecida" , revelou a garota.

O rapaz disse que não tinha preservativos e insistiu para Luana transar sem camisinha. Como ela tomava anticoncepcional e estava com medo de queimar o filme com o garoto, cedeu à pressão: "Eu tomava pílula. E nunca pensei que aquele 'deus grego' fosse ter alguma doença. Ele me parecia o cara mais perfeito do mundo" . Luana saiu da casa do garoto às 2h da manhã. Assim que chegou a sua casa, por volta das 3h, recebeu uma ligação dele: "Ele só chorava e me pedia desculpas. Eu perguntei o que estava acontecendo, pedi para ele ficar calmo e tal. Foi aí que ele me falou que era soropositivo. No início eu achei que era brincadeira. Mas ele continuou chorando, dizendo que estava arrependido e que não conseguiu evitar aquilo. Eu desliguei o telefone atônita".

Luana passou a noite em claro, desesperada. "Depois de ter pensado em tudo, até em suicídio, eu me lembrei de uma coisa que eu tinha lido em uma revista. Era um coquetel que mulheres que eram estupradas tomavam logo após o contato com o vírus para diminuir o risco de contrair HIV. Logo de manhã já liguei para saber onde isso era possível e me informaram o endereço. Antes da 8h eu estava lá", contou.

Ao chegar ao hospital, ela apresentou seus documentos e teve que contar com a sorte para receber as drogas, já que o SUS não pode fornecer a medicação para pessoas com casos como o dela. "Eu não tinha sido estuprada e nem me picado com sangue de um soropositivo. Eles não tinham por que me dar o coquetel, era contra as regras" . Depois de explicar seu caso para vários enfermeiros, que acharam a situação um absurdo, Luana foi encaminhada para uma consulta com um médico, pela qual teve que esperar cerca de 4 horas.

"Enquanto eu esperava, a toda hora entravam e saíam pacientes com Aids que têm que ir até lá pegar os remédios do coquetel. Alguns pareciam normais, outros eram tão magros, tão fracos, com o rosto tão chupado... Comecei a ficar mais desesperada ainda. Não queria ficar daquele jeito, preferia morrer. Teve uma hora em que eu não me segurei e comecei a chorar muito. Uma mulher que entrava na sala veio até mim, me abraçou e disse para eu não ter medo, a doença não tinha cura, mas o tratamento me deixaria levar uma vida normal. Foi a primeira pessoa que falou comigo como se já fosse certo que eu tinha Aids, foi a pior sensação que eu já tive" , revelou a estudante .

Ao se consultar com o médico, Luana contou sua história com detalhes. Ela se encaixava agora no chamado Grupo vulnerável. "O médico disse que não podia me dar os remédios. Falou que eles nem tinham comprovado a eficácia deles quando o contato era com esperma. As drogas só tinham um resultado certo quando o contato havia sido com sangue infectado, tipo quando médicos se picam com agulhas usadas em pacientes".

Luana não conteve o choro quando o médico negou as drogas: "Eu perguntei para ele se ele queria arruinar a minha vida. Eu estava chorando muito. Acho que ele se comoveu e resolveu me dar, mas disse que era segredo".

Enfim, ela conseguiu o remédio. Apesar de mais aliviada, se assustou com a quantidade de pílulas e com os possíveis efeitos colaterais. Luana tinha que tomar cinco comprimidos por dia, durante trinta dias. "Nos primeiros quinze dias eu estava me achando de ferro, não sentia nenhum mal estar. Depois comecei a sentir dores absurdas no estômago e a vomitar todos os dias. Não tinha mais fome, tinha azia o tempo todo e não conseguia dormir de tanta dor. Mas não desisti do tratamento. O médico disse que quando eu vomitasse o remédio, tinha que tomar de novo. Fiz isso várias vezes", disse Luana.

No meio do tratamento, os pais de Luana descobriram o que havia acontecido. "Minha mãe mexeu na minha bolsa e achou os comprimidos e a receita. Ela chorava desesperadamente. Veio me perguntar o que estava acontecendo. Meu pai surtou. Eles tinham certeza de que eu estava com Aids e estava escondendo. No susto, quase me expulsaram de casa. Ficaram uns três meses sem falar comigo. Isso foi uma das coisas que me deixou mais triste. Acho que se não conseguisse me livrar do vírus, ia acabar cometendo o suicídio, sem brincadeira".

Luana terminou o tratamento e não voltou ao hospital, como o médico havia recomendado. "Lá eu não piso nunca mais, é o lugar mais deprê que conheci na minha vida. Preferi não voltar, não ia agüentar", contou a estudante, que deveria continuar se consultando, mas não teve coragem.

Depois que terminou o tratamento, ela fez o teste de HIV em um laboratório particular e o resultado foi negativo. "Fiz várias vezes de novo depois para ter certeza. Tive sorte. Foi a pior experiência da minha vida, me envergonho de contar. É ridículo alguém ter que passar por isso para aprender a se proteger. Nada substitui a camisinha".

Luana nunca mais teve notícias do garoto com quem saiu naquela noite. "Ele mudou o celular e saiu da faculdade. No começo eu fiquei com raiva dele, pois sei que ele agiu de má fé. Mas depois a minha raiva maior era de mim mesma. O corpo é meu, quem deve zelar por ele sou eu. Se eu não quisesse transar sem camisinha, o que é o certo, nada disso teria acontecido. A culpa foi minha, que permiti aquilo", finalizou a garota.

Coquetel é usado em situações de risco
Tomar o coquetel usado no tratamento da Aids, em casos de suspeita de contaminação pelo vírus, é possível, mas apenas em duas situações: em casos de estupro ou quando há risco de ter havido contágio acidental dentro de um hospital, entre os profissionais de saúde. O caso de Luana foi estranhamente fora do comum.

Foi desenvolvida essa estratégia, como uma forma de tentar livrar do contágio as pessoas expostas a situações de risco. Ao ser confirmado o risco, essas pessoas ficam tomando diariamente o coquetel (formado por inibidores de protease e por AZT), por cerca de trinta dias, como se elas já tivessem a confirmação de que são soropositivas.

"A Secretaria de Saúde libera a medicação, mediante a prova de que a pessoa foi vítima em uma dessas duas situações. As pessoas não podem achar que, na dúvida, qualquer um pode tomar o coquetel", explica o Dr. Paulo Olzon Monteiro da Silva, infectologista e chefe da disciplina de Clínica Médica da Unifesp. "É um tratamento tóxico e não é garantido que vai livrar a pessoa da Aids", completa.

O infectologista lembra, ainda, que a existência do coquetel e a evolução no tratamento não podem ser motivos para que as pessoas deixem de se prevenir. "A Aids limita a vida das pessoas", justifica.

O nome da personagem foi trocado para proteger sua identidade e o nome do hospital foi omitido para a segurança dela.

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